“A fila que cresce em silêncio.”

Apesar de avanços, a maioria das adoções no Brasil ainda prioriza crianças pequenas. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que mais de 65% das crianças disponíveis têm acima de 7 anos, mas menos de 15% das famílias aceitam esse perfil.
Esse descompasso mantém milhares de meninos e meninas em abrigos, muitas vezes até a maioridade, sem encontrar um lar definitivo.

No Brasil, milhares de crianças ainda esperam por um lar definitivo. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais de 65% das crianças disponíveis para adoção têm mais de 7 anos. No entanto, menos de 15% das famílias habilitadas manifestam interesse por esse perfil. O resultado é um descompasso que mantém meninos e meninas por longos anos em abrigos.

A realidade mostra que a preferência por bebês continua predominante, enquanto as crianças maiores enfrentam um tempo de espera quase infinito. Para especialistas, esse quadro revela não apenas um desafio burocrático, mas também cultural. Muitas famílias ainda carregam receios e mitos sobre a adoção tardia, acreditando que a idade trará dificuldades de vínculo ou comportamento.

Enquanto isso, o tempo segue correndo contra essas crianças. Cada aniversário dentro da instituição significa menos chances de encontrar uma família. Psicólogos e educadores reforçam que, apesar das marcas do passado, elas têm enorme capacidade de se vincular, aprender e amar. Abrir o coração para a adoção de meninos e meninas acima de 7 anos é, acima de tudo, um ato de coragem e esperança.

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