“O número que não cabe no coração.”

Segundo dados do CNJ, cerca de 30 mil crianças e adolescentes estão em instituições de acolhimento. Destas, a maioria tem mais de 7 anos e enfrenta baixa procura.
O contraste com as famílias habilitadas para adoção é grande: muitas desejam bebês ou crianças até 3 anos.

Atualmente, cerca de 30 mil crianças e adolescentes vivem em instituições de acolhimento no Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Deste total, aproximadamente 5 mil estão juridicamente aptos para adoção, mas a maioria tem mais de 7 anos — justamente o perfil menos procurado pelas famílias.

O contraste é marcante: enquanto mais de 30 mil pretendentes aguardam ansiosos por um filho, grande parte busca bebês ou crianças pequenas, até 3 anos de idade. Essa discrepância cria um cenário em que filas existem dos dois lados — famílias esperando e crianças esperando — mas que quase nunca se encontram.

Esse dado revela uma realidade dura, mas também um convite à reflexão. Cada número representa uma vida, um rosto e uma história em busca de pertencimento. Mais do que estatística, é um chamado à sociedade para olhar além da idade e reconhecer nessas crianças a mesma necessidade universal: crescer em família e ter um lugar para chamar de lar.

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