“Falar é o primeiro passo.”

Especialistas destacam que a mídia tem papel decisivo em desmistificar a adoção tardia. Quanto mais reportagens positivas são publicadas, maior a disposição das famílias em considerar crianças mais velhas.
A falta de visibilidade, por outro lado, mantém esses meninos e meninas invisíveis na sociedade.

A forma como a adoção tardia é retratada na mídia influencia diretamente a percepção da sociedade. Durante muito tempo, o tema recebeu pouca visibilidade, o que contribuiu para a invisibilidade das crianças acima de 7 anos que aguardam uma família. Hoje, cada reportagem, documentário ou campanha que destaca histórias reais ajuda a quebrar preconceitos e ampliar o olhar da população.

Especialistas lembram que a comunicação tem poder formador: quando notícias trazem exemplos positivos e humanos, elas despertam empatia e incentivam famílias a considerar perfis antes rejeitados. Por outro lado, a ausência de pautas ou a reprodução de estigmas reforça a ideia de que a adoção tardia é “exceção” ou “última opção”.

Ampliar a cobertura jornalística e as campanhas de conscientização é, portanto, mais do que uma questão de informação — é uma estratégia de transformação cultural. Dar voz a essas crianças significa mostrar que elas não são estatísticas, mas histórias vivas que ainda podem ser reescritas com amor e pertencimento.

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