“Juntos até o fim.”

Muitos grupos de irmãos aguardam adoção, mas a exigência de permanecerem juntos dificulta ainda mais o processo. Juízes e psicólogos reforçam que a preservação desses vínculos é essencial para o bem-estar emocional.
Ao mesmo tempo, surgem famílias dispostas a abrir o coração para dois ou mais irmãos, quebrando estatísticas e multiplicando afetos.

Em todo o Brasil, grupos de irmãos crescem em abrigos compartilhando não só brinquedos e refeições, mas também a esperança de permanecer juntos em uma futura família. A legislação e os profissionais da área de adoção procuram manter esses vínculos, por entender que muitas vezes são o único laço afetivo que resistiu às mudanças e perdas ao longo da vida.

Essa proteção, no entanto, torna o caminho da adoção mais difícil. A maioria das famílias cadastradas está preparada para receber apenas uma criança, e acaba descartando perfis com dois ou mais irmãos. Isso prolonga a permanência nos abrigos e reforça a angústia das crianças, que vivem entre o desejo de serem adotadas e o medo de perderem uns aos outros.

Histórias de sucesso mostram, contudo, que quando uma família aceita esse desafio, o resultado é transformador. Pais adotivos relatam que o amor compartilhado entre irmãos fortalece o processo de adaptação, criando lares cheios de cumplicidade e apoio mútuo. A decisão de adotar irmãos não é apenas generosa, mas também uma forma de honrar a história de cada criança, garantindo que elas continuem lado a lado na construção de um novo futuro.

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